sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Projeto Adote um Atleta, busca parcerias para fortalecimento das ações em 2012

Foto:  

Elenco de professores graduados da Associação Trindade que atuam no projeto ‘Adote um Atleta, Tire uma Criança da Rua’
RIBAMAR ROCHA

A Federação de Jiu-Jitsu do Estado de Roraima (FJJERR) e a Associação Trindade de Jiu-jitsu estão em busca de parcerias para manter e fortalecer o projeto ‘Adote um Atleta, Tire uma Criança da Rua’, este ano de 2012. Criado em 2009 o projeto atende hoje mais de 400 crianças carentes em cinco núcleos localizados nos bairros Raiar do Sol, Pintolândia, Brigadeiro, Cauamé e Centro, oferecendo aulas de jiu-jitsu, capoeira, boxe, luta livre e judô para crianças e jovens matriculados na rede pública de ensino.

“Vale ressaltar que atualmente estamos sem parcerias e mantendo o projeto com a ajuda do presidente da Federação, Kleber Filgueiras, Daniel Trindade e dos professores que são voluntários, pois não estão sendo mais remunerados e entre outras dificuldades, as crianças estão precisando de quimonos”, disse a professora Fabiana ‘Fafá’ Pereira, uma das voluntarias do projeto.

Ela explicou que o projeto é voltado ao atendimento de crianças e adolescentes na faixa etária de 7 a 18 anos e um dos principais critérios para participar é estar estudando e ter boas notas.

“Atendemos também, em alguns casos, pessoas portadoras de necessidades especiais e temos pretensão de atender futuramente aos idosos que estejam em situação de risco social”, afirmou. “Nossa meta é implantar e manter núcleos de esporte e lazer, com caráter formativo-educacional com finalidade de proporcionar oportunidade de práticas esportivas às classes menos privilegiadas, objetivando a promoção de inclusão social, à preservação de valores morais e culturais e melhora do condicionamento físico”, complementou.

Para poder participar do projeto, além da autorização dos pais e ou responsáveis, a criança tem como contrapartidafrequentar regularmente a escola e ter ainda um bom rendimento, que será avaliado através de suas notas.

Ela explicou que as atividades esportivas desempenham um papel importante na construção da identidade de jovens e adolescentes, ao passar valores que acabam internalizando, permitindo que eles façam suas próprias escolhas, reforçando a autoestima e autoconfiança, bem como criam laços de solidariedade e cooperação.

“Nesta perspectiva, a prática esportiva possibilita a integração do indivíduo ao grupo ou ao meio, satisfação da necessidade social de realizar exercícios físicos, conhecer suas reais possibilidades e interesses, estimula a criatividade, o autoconhecimento, a independência, a responsabilidade pessoal, convivência com vitórias e derrotas; faz o indivíduo lidar com tensões ao encontrar-se frente a situações imprevistas, desenvolve confiança e segurança em si mesmo e promove vivências dos valores éticos e estéticos”, afirmou.

Fafá disse que os frutos do projeto já são visíveis, em especial as mais carentes que dificilmente teriam como desenvolver habilidades nas artes marciais, devido a falta de recursos financeiros para pagar mensalidades em academias particulares e estariam a margem da inclusão social.    

“Devido a essa carência financeira, foram pensadas e estudadas possibilidades para o desenvolvimento humano nessas áreas de baixa renda. E uma das formas que vem se mostrando eficaz são os Projetos Sociais, como o nosso ‘Adote um Atleta e tire uma Criança da Rua’ que desenvolvemos voluntariamente e que precisamos de parceiros”, disse.

Para ela, o potencial educativo encontrado nas atividades esportivas é mobilizado para desenvolver e formar pessoas capazes de agir com base em princípios éticos e de forma cada vez mais autônoma e transformadora, tanto no pessoal como no coletivo. Para isso ela invoca o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) onde traz, claramente que “é dever, também, da sociedade garantir a efetivação dos direitos da criança e do adolescente, dentre eles, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à convivência familiar e comunitária”.

O objetivo principal do projeto é atender crianças e adolescentes em situação de exclusão social, dando-lhes a oportunidade de um melhor desenvolvimento pessoal e social, tratando-as com respeito e dignidade.

“Este objetivo é concretizado através de ações elaboradas pelos coordenadores e professores do projeto ecom o apoio dos familiares dos atletas”, disse.

Entre as ações que mobilizam as 397 crianças/atletas este ano está a realização de quatro competições interestaduais de Jiu-jitsu, em Boa Vista, com o intuito de socializar e integrar as crianças junto à comunidade e fazer com que elas tenham espírito competitivo e cooperativo; Quinze) apresentações nas principais praças dos bairros de Boa Vista com a finalidade de integrar e apresentar para a sociedade os atletas;Promoveu cinco palestrar educativas com temas variados, envolvendo o esporte e adolescência;Em conjunto com a Faculdade Catedral ofereceu tratamento odontológico básico a trinta crianças;Promoveu dez reuniões com pais e professores do projeto para discutir e acompanhar o desenvolvimento escolar, disciplinar e familiar dos atletas;

Promoveu uma gincana de arrecadação de alimentos para famílias afetadas com a enchente ocorrida em Boa Vista com o intuito de estimulá-los a terem espírito de solidariedade e aprenderem a trabalhar em grupo.

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