Por falta de apoio do governo, Roraima, Baré e mais três desistem do Estadual 2012
Data: 13/03/2012
Foto: Ribamar Rocha
Presidentes Carlos Alberto (Roraima) e Leomar (Real) alegaram falta de recursos para não competirem este ano
RIBAMAR ROCHA
A falta de recursos foi o principal motivo dos dois maiores clubes do Estado, Baré e Atlético Roraima, desistirem de disputar o Campeonato Estadual de Futebol Profissional deste ano. Além de Baré e Roraima, a torcida roraimense também não vai ver em ação os atletas de Progresso de Mucajaí, River e Real de São Luiz do Anauá, atual campeão estadual e representante de Roraima na Copa do Brasil.
A desistência dos clubes foi formalizada na reunião realizada ontem pela manhã na sede da Federação Roraimense de Futebol (FRF). Dos nove presidentes de clubes filiados à FRF, apenas a presidente do Ríver, Adelaide Peixoto, não compareceu. Porém ela já havia protocolado pedido de afastamento do estadual deste ano. Assim como Luciano “Zuza” de Araújo, presidente do Baré, que entrou com pedido de afastamento desde a sexta-feira passada.
Dos cinco clubes desistentes, o que mais chamou a atenção foi o Real de São Luiz do Anauá. Embora esteja na Copa do Brasil e vá receber aproximadamente R$ 80.000 (já descontado os impostos), o presidente Leomar da Silva afirmou que não vai participar da competição por falta de recursos e de patrocinadores.
“Estou gastando do meu bolso para manter a equipe e só depois é que a CBF envia o dinheiro. Enquanto isso, tenho que bancar tudo. Até as despesas da viagem para Belém, para o jogo de volta, está saindo do meu bolso”, afirmou .
Leomar falou que ainda está em dívida com alguns fornecedores desde o ano passado e aguarda a liberação dos recursos prometidos pela Prefeitura de São Luiz do Anauá, para sanar dívidas contraídas com os jogos do Estadual de 2010.
“O prefeito James teve a melhor das intenções, mas ainda não liberou o recurso prometido devido a uns ajustes nas contas da Prefeitura com o Tribunal de Contas do Estado. Mas enquanto isso estou assumindo todas as dívidas e assim fica difícil fazer futebol profissional”, desabafou.
Outro fator que pesou foi o atraso do repasse prometido pelo Governo do Estado. Mesmo fator alegado pelos presidentes do Baré e do Roraima. Segundo Zuza, vários fatores contribuíram para o Baré se manter afastado do certame deste ano.
“Convocamos os sócios mais presentes ao clube, comunicamos a nossa situação financeira e resolvemos agir de forma madura e consciente de modo a não prejudicar o nome do clube”, disse. “Agimos assim, mostramos que não somos irresponsáveis. Temos um nome a zelar”, afirmou.
Parafraseando o presidente da FRF, Zeca Xaud, Zuza disse que “futebol profissional é dinheiro e dinheiro está difícil conseguir com os patrocinadores’.
O presidente barelista disse que desde o mês de outubro do ano passado tem buscado firmar parcerias com empresários. “Mas a conversa é que as empresas estão passando por um momento difícil ou que o Estado está quebrado e o dinheiro não gira em Roraima”, disse.
Ele lembrou que o Baré é um dos clubes que ainda aguardam o repasse prometido pelo Governo do Estado, mas salientou que de 2010 não tem nenhuma dívida para pagar. “A presidência do Baré não esperou por promessas e assumiu suas dívidas e pagou tudo”, disse.
Mas a principal divida do clube está fora de campo. Com a saída do Bingo da sede social do clube e a fuga dos empresários, o Baré ficou com uma dívida de quase 76 mil reais de IPTU e energia. “Negociamos a dívida e estamos pagando”, afirmou. “Peço desculpas à torcida do Baré, mas não podemos entrar em outra dívida com o campeonato”, justificou.
No Roraima a situação é a mesma: falta de recursos e a espera do repasse do Governo do Estado. “Não temos dinheiro, temos promessa e com promessa não dá para trabalhar no futebol profissional”, desabafou o presidente do Tricolor da Mecejana, Carlos Alberto. “Que me desculpe a torcida, mas quem paga jogador e despesas de jogo é o presidente do clube e sem dinheiro não tem como pagar”, disse.
Ele informou que alguns empresários ficaram de dar a resposta nesta terça-feira, a reunião para definir se participaria ou não do campeonato aconteceu nesta segunda-feira. “Ainda tentei argumentar que o prazo dado pela federação era hoje (ontem), mas eles (os empresários) disseram que só poderiam dar a resposta nesta terça. Aí eu não posso confirmar que o time vai jogar no campeonato e depois os empresários dizem que não podem ajudar e eu fico novamente no prejuízo”, disse. “Sem garantia não dá, mano. Basta a palavra do governador, que vai pagar na quarta-feira. Ninguém sabe se vai pagar mesmo. Se tivesse certeza, mas não tenho certeza. É só palavra, palavra e palavra, que nunca é comprida e por isso resolvi logo dizer que o Roraima não vai participar do campeonato deste ano”, afirmou.
Essa será a primeira vez que o Atlético Roraima fica fora do Estadual, desde sua profissionalização em1995. E o presidente tem como justificativa que o governador não cumpriu co mo que prometeu e prejudicou os clubes.
“Tivemos os campeonatos de 2010 e 2011 de portões abertos com a promessa de que o governador Anchieta Júnior iria pagar vinte mil para cada clube, e nós acreditamos. Mas até agora não recebemos nenhum centavo. Assim fica impossível fazer futebol em Roraima”, disse. “Falar é fácil, cumprir é que é difícil”, finalizou.
A falta de recursos foi o principal motivo dos dois maiores clubes do Estado, Baré e Atlético Roraima, desistirem de disputar o Campeonato Estadual de Futebol Profissional deste ano. Além de Baré e Roraima, a torcida roraimense também não vai ver em ação os atletas de Progresso de Mucajaí, River e Real de São Luiz do Anauá, atual campeão estadual e representante de Roraima na Copa do Brasil.
A desistência dos clubes foi formalizada na reunião realizada ontem pela manhã na sede da Federação Roraimense de Futebol (FRF). Dos nove presidentes de clubes filiados à FRF, apenas a presidente do Ríver, Adelaide Peixoto, não compareceu. Porém ela já havia protocolado pedido de afastamento do estadual deste ano. Assim como Luciano “Zuza” de Araújo, presidente do Baré, que entrou com pedido de afastamento desde a sexta-feira passada.
Dos cinco clubes desistentes, o que mais chamou a atenção foi o Real de São Luiz do Anauá. Embora esteja na Copa do Brasil e vá receber aproximadamente R$ 80.000 (já descontado os impostos), o presidente Leomar da Silva afirmou que não vai participar da competição por falta de recursos e de patrocinadores.
“Estou gastando do meu bolso para manter a equipe e só depois é que a CBF envia o dinheiro. Enquanto isso, tenho que bancar tudo. Até as despesas da viagem para Belém, para o jogo de volta, está saindo do meu bolso”, afirmou .
Leomar falou que ainda está em dívida com alguns fornecedores desde o ano passado e aguarda a liberação dos recursos prometidos pela Prefeitura de São Luiz do Anauá, para sanar dívidas contraídas com os jogos do Estadual de 2010.
“O prefeito James teve a melhor das intenções, mas ainda não liberou o recurso prometido devido a uns ajustes nas contas da Prefeitura com o Tribunal de Contas do Estado. Mas enquanto isso estou assumindo todas as dívidas e assim fica difícil fazer futebol profissional”, desabafou.
Outro fator que pesou foi o atraso do repasse prometido pelo Governo do Estado. Mesmo fator alegado pelos presidentes do Baré e do Roraima. Segundo Zuza, vários fatores contribuíram para o Baré se manter afastado do certame deste ano.
“Convocamos os sócios mais presentes ao clube, comunicamos a nossa situação financeira e resolvemos agir de forma madura e consciente de modo a não prejudicar o nome do clube”, disse. “Agimos assim, mostramos que não somos irresponsáveis. Temos um nome a zelar”, afirmou.
Parafraseando o presidente da FRF, Zeca Xaud, Zuza disse que “futebol profissional é dinheiro e dinheiro está difícil conseguir com os patrocinadores’.
O presidente barelista disse que desde o mês de outubro do ano passado tem buscado firmar parcerias com empresários. “Mas a conversa é que as empresas estão passando por um momento difícil ou que o Estado está quebrado e o dinheiro não gira em Roraima”, disse.
Ele lembrou que o Baré é um dos clubes que ainda aguardam o repasse prometido pelo Governo do Estado, mas salientou que de 2010 não tem nenhuma dívida para pagar. “A presidência do Baré não esperou por promessas e assumiu suas dívidas e pagou tudo”, disse.
Mas a principal divida do clube está fora de campo. Com a saída do Bingo da sede social do clube e a fuga dos empresários, o Baré ficou com uma dívida de quase 76 mil reais de IPTU e energia. “Negociamos a dívida e estamos pagando”, afirmou. “Peço desculpas à torcida do Baré, mas não podemos entrar em outra dívida com o campeonato”, justificou.
No Roraima a situação é a mesma: falta de recursos e a espera do repasse do Governo do Estado. “Não temos dinheiro, temos promessa e com promessa não dá para trabalhar no futebol profissional”, desabafou o presidente do Tricolor da Mecejana, Carlos Alberto. “Que me desculpe a torcida, mas quem paga jogador e despesas de jogo é o presidente do clube e sem dinheiro não tem como pagar”, disse.
Ele informou que alguns empresários ficaram de dar a resposta nesta terça-feira, a reunião para definir se participaria ou não do campeonato aconteceu nesta segunda-feira. “Ainda tentei argumentar que o prazo dado pela federação era hoje (ontem), mas eles (os empresários) disseram que só poderiam dar a resposta nesta terça. Aí eu não posso confirmar que o time vai jogar no campeonato e depois os empresários dizem que não podem ajudar e eu fico novamente no prejuízo”, disse. “Sem garantia não dá, mano. Basta a palavra do governador, que vai pagar na quarta-feira. Ninguém sabe se vai pagar mesmo. Se tivesse certeza, mas não tenho certeza. É só palavra, palavra e palavra, que nunca é comprida e por isso resolvi logo dizer que o Roraima não vai participar do campeonato deste ano”, afirmou.
Essa será a primeira vez que o Atlético Roraima fica fora do Estadual, desde sua profissionalização em1995. E o presidente tem como justificativa que o governador não cumpriu co mo que prometeu e prejudicou os clubes.
“Tivemos os campeonatos de 2010 e 2011 de portões abertos com a promessa de que o governador Anchieta Júnior iria pagar vinte mil para cada clube, e nós acreditamos. Mas até agora não recebemos nenhum centavo. Assim fica impossível fazer futebol em Roraima”, disse. “Falar é fácil, cumprir é que é difícil”, finalizou.
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